A Mente

A Mente

Inteligência

O termo inteligência vem do latim intelligentĭa, que, por sua vez, deriva de inteligere. Esta é uma palavra que é composta por dois outros termos: intus (“entre”) e legere (“escolher”). Assim sendo, a origem etimológica do conceito de inteligência faz referência a quem sabe escolher: a inteligência permite portanto selecionar/escolher as melhores opções na hora de solucionar uma questão.
As definições de inteligência podem classificar-se em distintos grupos:

  • a inteligência psicológica (a capacidade cognitiva, de aprendizagem e relação),
  • a inteligência biológica (a capacidade de adaptação perante novas situações),
  •  a inteligência operativa.

 Em todo o caso, a inteligência abarca a capacidade de entender, assimilar, elaborar informação e usá-la de forma adequada. Face ao carácter um tanto complexo da inteligência, o conceito pode unicamente ser definido de forma parcial, mediante a enumeração de atributos e processos. Na perspetiva do psicólogo norte-americano Howard Gardner, da Universidade de Harvard, a inteligência é o potencial de cada ser humano, não podendo ser quantificado mas antes unicamente observado e desenvolvido através de determinadas práticas. Para além desta postura teórica, a ciência elaborou diversos conceitos e mecanismos para medir a inteligência, geralmente através do quociente intelectual (o chamado QI) dos indivíduos. Este dado é calculado e obtido graças à psicometria, que é o ramo da psicologia que se dedica ao estudo das medições psicológicas.
Por último, cabe destacar que existe o conceito de inteligência artificial, desenvolvido para fazer alusão aos sistemas criados pelos seres humanos. Um sistema de inteligência artificial deve ser capaz de planear, resolver problemas, pensar de maneira abstracta, compreender ideias e linguagens, e aprender.

 

Mente

Mente é o estado da consciência ou subconsciência que possibilita a expressão da natureza1 humana. 'Mente' é um conceito bastante utilizado para descrever as funções superiores do cérebro humano relacionando a cognição e o comportamento. Principalmente aquelas funções que fazem os seres humanos conscientes, tais como a interpretação, os desejos, o temperamento, a imaginação, a linguagem, os sentidos, embora estejam vinculadas as qualidades mais inconsciente como o pensamento, a razão, a memória, a intuição, a inteligência, o arquétipo, o sonho, o sentimento, ego e superego.

 

Imaginação

De origem no latim imaginatióne, que significa imagem.
A imaginação é a representação da realidade ou dos objetos e não a coisa em si.
Platão desvalorizava a imaginação por considerá-la o mais baixo grau do conhecimento, por ser algo baseado em devaneios da mente. Apesar desta depreciação, a imaginação enquanto produção de representações pressupõe uma atividade do espírito. É a capacidade de criar imagens mentais e poder pensar além da própria realidade, inovando-a. A imaginação permite ao ser humano conceber um mundo imaginário. É assim uma imaginação produtora e que pode enriquecer o nosso espírito, já que é a representação de uma realidade ausente, mas que permite a existência da liberdade do espírito.
Na filosofia mais racionalista, a imaginação tem um carácter negativo. Por exemplo, para Pascal, a imaginação é a mestra da falsidade e do erro, pois não fornece critério seguro para distinguir o falso do verdadeiro. Na corrente inspirada por Descartes e Espinosa, a imaginação tem como função produzir a aparência e produz erros no espírito. Segundo Descartes, é necessário romper com a aparência ilusória das coisas que nos surgem pelas imagens. Para Malebranche, é aquilo que fornece crenças irracionais e absurdas.
Por outro lado, Kant fez da imaginação transcendental a condição primeira de todos os pensamentos, isto porque considerou que a imaginação é a faculdade das imagens e, como tal, pode intervir na sensação onde a imagem se produz e na memória onde se reproduz. Por último, segundo Bachelard, a imaginação é a faculdade de invenção e de renovação.